O MT Econômico traz hoje uma pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) e Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE) sobre a percepção dos brasileiros em relação à retomada da economia. A pesquisa foi publicada essa semana.
Segundo o estudo, quase metade dos brasileiros (44%) que vivem na região Centro-Oeste acredita que as finanças familiares só deverão melhorar a partir de 2022, abaixo da média nacional que tem o índice de 54%.
O levantamento inédito foi realizado com a amostragem de 3 mil pessoas maiores de 18 anos em todo o país, na primeira semana de março deste ano.
Os prognósticos sobre desemprego, acesso a crédito, taxa de juros, inflação e poder de compra da população também são predominantemente negativos: 65% acham que o desemprego vai crescer, abaixo da média da pesquisa nacional (70%). Outros 76% preveem o aumento da inflação e do custo de vida (80% é a média nacional); e 69% dos entrevistados acreditam que a taxa de juros vai aumentar (76%, nacional).
"A crise de saúde provocada pela pandemia atingiu em cheio a economia global, e com especial impacto no Brasil que já vinha tentado se reerguer após sucessivos anos de baixo crescimento. Grande parte das famílias tem ou teve que conviver por um longo período com perdas financeiras, esvaziamento das reservas, redução salarial, desemprego. Diante de tantas dificuldades enfrentadas, não é de estranhar o pessimismo quanto à recuperação financeira das pessoas e do país", avalia o cientista político e sociólogo Antonio Lavareda presidente do Conselho Científico do IPESPE.
Segundo o RADAR FEBRABAN, a confiança da população da região Centro-Oeste nos bancos em meio à crise e a percepção sobre sua contribuição nas diversas áreas é majoritariamente positiva: 63% afirmaram confiar nas instituições bancárias (acima da média nacional, que é de 57%). Também foram avaliados os níveis de confiança nas empresas privadas (54%) e nas fintechs (55%). Para efeito de comparação, as médias nacionais nesses quesitos foram 51% e 49%, respectivamente.
Entre a população bancarizada da região, as maiores contribuições dos bancos apontadas na pandemia referem-se à economia (51% de contribuição positiva) e ao enfrentamento da crise do coronavírus (45% de contribuição positiva). Com relação ao atendimento, 69% se dizem satisfeitos, enquanto outros 30% ainda estão insatisfeitos. O índice de satisfação na região é semelhante ao da média nacional (69% satisfeitos e 29% insatisfeitos).
Na região, 60% dos entrevistados se sentem inseguros com relação à proteção de seus dados pessoais na internet, e 54% afirmam tomar cuidado e adotar medidas protetivas. Os dois índices estão alinhados com a média nacional da pesquisa (62% e 56%, respectivamente).
Outro dado que chama atenção no estudo é a relevância atribuída à responsabilidade social e ambiental das empresas. Quase nove em cada dez entrevistados entendem que os empresários devem assumir compromisso com essas áreas.
Para 87% dos entrevistados na região, o compromisso socioambiental de uma empresa é muito importante ou importante para a opinião que formam sobre ela, resultado idêntico ao verificado na média nacional.